Na noite passada
,13/03/2015, ocorreu um motim no Presídio Alvorada , em Montes Claros, onde
cerca de 27 detentos saíram feridos devido as duas alas do presídio colocarem
fogo nos colchões. O fato que motivou o tumulto seria a superlotação daquele
local. Não vamos entrar no mérito de hospitais e escolas também estejam
lotados, uma vez que, a política de ressocialização não nos permite tal
análise. O fato do motim já foi abordado pela nossa mídia que, a priori,
o classificou como rebelião o que, a bem da verdade, não foi uma
balbúrdia dessa dimensão . E necessário que nós, profissionais do Sistema
Prisional, esclareçamos a sociedade a diferença entre um motim e uma rebelião,
afinal de contas, esse tipo de sinistro é inerente de nossa área de
atuação. O motim, consoante o dicionário Aurélio, é caracterizado como uma forma de
desobediência a qualquer ato de autoridade militar ou civil, nesse último caso
o nosso. Em suma, uma forma de revolta contra o Estado sem ocasionar reféns. A
rebelião, por sua vez , e também conforme o dicionário Aurélio, é uma forma de
resistência a autoridade estatal, mas pautada por extrema violência por parte
dos rebelados, com a incidência de reféns, diga-se de passagem. Portanto,
fazendo uma correção à imprensa, o que o ocorreu no presídio Alvorada foi um
princípio de Motim, bem diferente de uma Rebelião. Todavia, o Asp, leitor desse
blog deve estar se perguntado, mas por que essa confusão? A bem da verdade o
intuito de minhas palavras é levar as agruras do Sistema Prisional, afim de
fazer uma síntese sobre nossa carreira. Sobre esse tumulto, a imprensa ouviu
representantes da Polícia Militar de Minas Gerais e do Corpo de Bombeiros,
todavia, nossa instituição, O Sistema Prisional, não teve representação! Mais
uma vez não fomos representados e ,por isso, nosso trabalho não tem a dimensão
que merece. Nós, Agentes de Segurança Penitenciário, precisamos urgentemente
levar o nosso serviço ao maiores níveis de informação, para aí sim termos o
respeito e a dignidade inerente de nossa função. A primeira força a combater aquele sinistro do Presídio
Alvorada foi nossa classe, bem como, a ação com primazia do GIR, Grupo de
Intervenção Tática, no controle da Situação. O que me deixou extremamente
contente nesse episódio é o grau de
companheirismo que nós do Sistema chegamos. Em cerca de 40 minutos grande parte
de nossos irmão de farda chegaram ao local do incidente, pronto para agir.
Diga-se de havia ASP´s que eram do Presídio Alvorada, mas grande parte vieram e
de outras Unidades, a exemplo os Agente do Presídio Regional de Montes Claros,
PRMC. Por fim, o que motiva é que nossa classe está chegando a um grau de
maturidade incomensurável e está andando a passo largos para alcançar nossas
aspirações. Parabéns a todos os Agente de Segurança Penitenciários envolvidos
no resgate da legalidade no Presídio Alvorada.
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